sábado, 6 de março de 2010

Caso de policia?

Esta história policial começa no inicio de 2010 e saboreia a imaginação das mentes mais exigentes em casos de suspense e drama. Muitos dizem concordar, outros dizem que discordam, outros tantos preferem se calar para preservar sua própria segurança, mas a única verdade é que numa madrugada quente de um dia qualquer da semana, lá pelas 22h e tantas na movimentada e incontrolável cidade de São Paulo, em uma clássica comunidade de baixa renda, onde pessoas saem para trabalhar logo cedo, crianças vão para a escola, enquanto seguranças fortemente armados defendem bocas de fumo de homens fardados com luzes giroflex encima de seus carros que vem para acabar com a festa, que aparecem crianças, filhas de pais responsáveis começam os seus atos de delinqüência...

São 22h e 15 minutos no horário de Brasília, quando um garoto e uma garota de apenas 12 anos brincam nas ruas perigosas do bairro, tocando a campainha de seus vizinhos e atormentando o sono daquele que vos escreve e que também irá se referir em terceira pessoa neste texto. Ah mas é claro que ele não estava dormindo! Apenas gostava de sacanear crianças faveladas sem futuro algum. E que atire a primeira pedra aquele que nunca esbravejou palavras indecentes para algum maloqueiro que tenha lhe feito algum mal! E também se nunca o fez não me interessa, textos politicamente corretos serão encontrados no site do Papa e do R.R Soares...

Pois bem, estava ele em casa apreciando as pinturas de sua parede quando tocam sua campainha de forma misteriosa. Prontamente o garoto sai com sua mãe no portão e nada nem ninguém visto. Curiosamente, segurando uma tesoura cega da Tramontina o garoto abre destemidamente o portão para olhar o que se passa na rua e nada ali encontra. Seria um fantasma que tocou a campainha? Uma falha no aparelho? Estaria ouvindo vozes? Não meu caro leitor, pois eis que surge um garoto e uma garota de seus 12 anos chamados por seus pais extremamente responsáveis, correndo de trás de um caminhão da feira para dentro de sua casa que coincidentemente fica em frente à casa do rapaz armado com a tesoura. De inicio nada foi feito, nada foi falado e nem comentado neste dia.

Passada uma semana é tocada a campainha de um vizinho da rua, que por sua vez sai gritando na rua, mas não encontra nenhum culpado. Com sede de vingança e coração de investigador, o rapaz, armado apenas de sua astucia se esconde dentro de uma Kombi com vidro fumê para ficar de tocaia e analisar os fatos que se seguem... Não demora muito e uma garota de fora da vizinhança toca a campainha de outro vizinho, com gritos de moral vindos de sua turma, que no caso é o garoto e a garota de 12 anos. Mas sem fugir ao assunto um senhor aparece na janela perguntando quem era. O rapaz abre o portão e avisa que foi uma maloqueira que passou correndo de bicicleta e apertou a campainha de várias casas, mas logo fechou o portão e retornava para dentro de sua casa para apreciar a pintura do teto.

Mas logo foi indagado por um outro garoto se existia alguma criança na rua àquela hora de quase 23h, e logo o rapaz responde que sim, que tinha um monte de crianças fazendo baderna e atrapalhando o descanso dos demais.
Ao ouvir isso, o atencioso pai que assistia Mama Brusqueta no Silvio Santos se enfurece com as acusações feitas contra seus educados e intelectuais filhos e faz um bate boca de acusações com a família toda do rapaz por cerca de 5 minutos do alto de sua casa. Não podendo vencer uma briga verbal de 3 x 1 ele desce com olhos vermelhos como sangue dizendo que irá resolver essa parada e pega um objeto escuro de dentro de seu carro para sair no portão. E é neste momento que todos se alarmam e começam a gritar: “ele está armado! Chamem a policia!!!”.

A policia foi chamada e ao chegar no local a briga que começou por motivos banais toma um rumo completamente diferente e passa a ser discutida leis de trânsito e construção civil e arquitetura.

Mas deixemos o lado de escritor de suspense por um momento para incorporar o lado do escritor critico que não segue as regras de redação. Na verdade a discussão que deveria ser sobre porte de arma do pai dos moleques que tocavam campainha, acabou se tornando sobre ele estacionar o carro em frente a nossa casa, impossibilitando a saída da Kombi para a rua.

Acusações daqui e ali o policial sargento tem uma brilhante idéia para resolver o problema, já que segundo ele a via é pública e ninguém é obrigado a retirar o carro da rua só porque nós queremos, a idéia seria de retirar uma coluna da minha casa e expandir a garagem para facilitar a saída da Kombi, o que segundo o sargento sairia por menos de 600 reais.

Eu realmente entendi essa merda ou o sargento me mandoueu demolir uma parte da minha casa para retirar meu carro de dentro da garagem porque o meu vizinho está bloqueando a passagem com o Uno dele? Mas é ótimo saber disso pois agora podemos aplicar isso em vários outros aspectos. Vamos aos exemplos:

Caso 1: eu poderia estacionar meu carro na frente da casa deste meu vizinho ou de qualquer outro, impossibilitando que saiam de suas casas com seus carros, pois assim todos seriam obrigados a demolir suas casas para construir uma outra saída para a rua?

Caso 2: se dois carros estacionarem na rua, cada um de um lado, quem quiser passar pela rua deverá entrar com um projeto de ponte? Ou deverá pedir para a prefeitura demolir algumas casas e fazer uma rua de escape que dê a volta nos dois carros parados?

E se segundo o sargento somente um carro pode ficar parado de um lado da rua, mas dois não podem pois atrapalhariam o trânsito, quem deveria ser o carro escolhido para ficar parado na rua? Aquele que estacionar ali primeiro é o dono? Que se foda se você estacionou depois meu amigo! Procure outra rua livre.

Caso 3: se eu estacionar um ônibus no meio da marginal Tietê que é uma via pública, tenho total direito de ficar lá? Afinal é uma via pública e ninguém pode me retirar de lá! Obrigando que o governo do estado construa uma avenida secundária apenas para desviar do meu ônibus lá estacionado.

Caso 4: se eu estacionar meu carro na frente da garagem da delegacia, proibindo a passagem dos carros da policia, se alguém vier me prender posso sugerir que façam uma outra saída para os carros da policia? Afinal o pátio é grande e uma entrada feita perto das arvores seria muito mais fofo e bonitinho.

Ou será que segundo o sargento só podemos estacionar nossos carros em via pública se for apenas para atrapalhar nossos vizinhos de sair com seus carros? Pois deve ter sido assim que começou nos países do Oriente Médio, não são ataques suicidas, são vizinhos irritados com carros estacionados que preferem explodir aquela porra toda e abrir caminho, o único problema é que costumam exagerar na quantidade de dinamite...

Isso realmente aconteceu a algumas semanas atrás aqui em casa e não estou querendo diminuir a imagem da instituição policial, até porque eu sou um dos maiores defensores da mesma, mas o meu problema está com a falta de bom senso da parte humana de um sargento que me manda retirar o pilar da minha casa para que eu saia com meu carro, o único problema é se for numa emergência, devo chamar um taxi ou passar por cima com a Kombi do carro do infeliz ou devo dinamitar meu pilar? Afinal não dá pra chamar um pedreiro pra refazer a estrutura da casa em 10 minutos, não é mesmo?


Avante!

2 comentários:

  1. eu odeio policiais
    mas enfim chama o detran, eles rebocam o carro
    ou entra na justiça dizendo q vc passou mal e teve uma crise pq não chegou no hospital a tempo que não tinha como o carro sair, ai vc pede uma indenização, como ele não vai ter dinheiro, vc manda penhorar o uno hauhauhauha, ai ele tira de la
    eu odeio policiais
    eu odeio seu vizinho tb

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  2. Não é assim também né Jackie hahahaha... Quem odeia policia é bandido, a instituição é extremamente necessária para manter a ordem e fazer cumprir a lei. O problema é que existe gente (humanos como eu e você) que são concursadas e passam e acabam se tornando pessoas sem muita necessidade, ou seja, uma pessoa com patente que fala algo totalmente sem lógica.

    Mas a policia é importante e deve atuar em conjunto com toda a população para o bem geral de todos.

    Avante!

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