Políticos x Garotas de Programa

De volta após as festas de aniversário, já me deparo com uma notícia da qual já queria fazer comentários a algum tempo. Trata-se das personalidades políticas e escândalos com mulheres de programa. Saiu ultimamente um escândalo com o primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, onde uma prostituta gravou um diálogo entre eles dois e divulgou pela internet. Com o ocorrido a popularidade do primeiro ministro caiu um pouco e foi duramente criticado.

Caso semelhante e atual foi com o presidente do Paraguai, Fernando Lugo, o ex bispo acusado de ter 6 filhos por aí com diferentes mulheres. O que eu não entendo é onde está a coisa ruim nesses dois casos. Por que o cara sair com uma prostituta é algo tão ruim a ponto de diminuir sua popularidade? A menos que ele tenha usado dinheiro público para pagar, isso não é problema meu e de ninguém! Quem o cara come é problema dele e da puta.

Lendo a notícia da Folha, tem escrito lá que a prostituta que gravou a conversa com o Berlusconi é candidata a prefeita de uma cidade lá da Itália. Tá mais do que na cara os interesses por traz disso tudo, ou não? O plano é perfeito, uma prostituta precisa aparecer nas televisões para conseguir fazer campanha, então o que ela faz? Grava algo comprometedor com o cargo mais alto de seu país e divulga. Com isso da noite pro dia a infeliz se torna alguém conhecida mundialmente e com maiores chances de ser eleita.

Mas mesmo retirando os interesses óbvios do caso, supondo que ele realmente coma geral na casa dele. O que isso muda na vida dos italianos? O que o cara faz na vida privada dele é problema nosso? Mesma coisa lá pro Fernando Lugo, e daí se ele fez 6 filhos e já foi bispo? Quem o cara come ou deixa de comer não influencia em sua capacidade de gerir um país ou em suas decisões. Se a popularidade de alguém cair, deve ser por questões administrativas, que é para isso que ele foi eleito!

As pessoas só reclamam disso tudo, porque a igreja está por trás e não aceita esses atos, principalmente num país como a Itália. A questão não é se o Berlusconi ou o Fernando são bons políticos e sim se eles respeitam ou não o que a igreja fala. Infelizmente, ainda no mundo atual a igreja tem forte poder político e grande influencia sobre a mentalidade da população.
A única pessoa que pode falar algo ou reclamar dessas situações são as mulheres destes políticos. Para nós, meros eleitores, apenas interessa a participação administrativa do político nas rédeas da nação e não a marca da camisinha que ele usa.


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